18 outubro 2009

Nosce te ipsum

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"Nosce te ipsum." Tradução: "Conhece-te a ti próprio."

Como delimitar os graus de conhecimento, como definir o nível de profundidade de conhecimento sobre algo, sobre um assunto?

Quando trata-se de uma técnica, um procedimento de execução, algo concreto, é mais fácil definir, pois o resultado, o produto final em evidência é passível de avaliação. Mas quanto é uma informação, algo abstrato, cujo resultado final é alcançado por um comentário, uma explanação, justificativas para um posicionamento, a coisa complica...

Partindo do princípio que um saber não esgota-se, como posso posicionar-me categoricamente sobre um ponto de vista, alicerçado nos meus saberes atuais, se daqui um tempo - podem ser meses, ou anos - novas informações estarão adicionadas, e ampliarão a visão?

Seria uma prepotência, apenas com as informações sabidas atualmente, definir uma opinião, empacotando as informações e os argumentos, restringindo a visão apenas àquilo que meu conhecimento alcança no presente momento, apenas à maneira com que leio e interpreto o mundo hoje.

No entanto, decisões devem ser tomadas, escolhas devem ser feitas, e estas acontecem mediante avaliação pessoal, filtrada pelos saberes atuais - também pessoal.

Entendo que um posicionamento de observação do mundo e de si próprio, flexível à condição de mudança, possibilita espaço e humildade para alargar os horizontes do saber. Estar aberto à possibilidade de mudança de opinião, aceitar novas linhas de raciocínio, abraçar conceitos diferentes, colaboram para a expansão de visão de mundo, liberta a mente para crescer...

Um comentário:

  1. Certamente quando vivenciamos a unicidade das coisas, deixando a dualidade para trás, percebemos que certo e errado não existe, assim não julgamos, apenas escolhemos e aceitamos o que vem a cada minuto. Um belo e longo caminho para trilhar.
    Beijos

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