06 outubro 2009

Re-Conhecimento

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Certa vez me disseram que apenas conseguimos enxergar os defeitos dos outros, porque os reconhecemos - significando que também os temos.

Dentro deste raciocínio, todo e qualquer apontamento que levanto neste blog, sobre o comportamento humano, seus traços, qualidades e deficiências, apenas os visualizo, porque ainda habitam também em meu ser.

Ao meu ver, faz sentido.

Um Dândi, um Lama, um Buda, um Avatar, ou qualquer outro ser, cujos adjetivos o identifiquem já ter alcançado um tal estado de iluminação da consciência, certamente não vê, nas pessoas, defeitos, pois entende que são apenas traços, ou vestígios da personalidade ainda não lapidada, manifestações dos desejos do ego.
Entende que o próximo também compartilha o caminho natural da evolução da consciência, da libertação dos anseios personais, apenas ainda não tomou consciência disto, apenas ainda não têm consciência de si próprio - o tal auto-conhecimento.

Eu visualizo nas religiões esta premissa. Infelizmente, o lado personal do homem distorce esta finalidade maior, para utilizá-las como mecanismo de controle, como mecanismo de manutenção e perpetuação do/no poder.
Ao invés de auxiliarmos uns aos outros, rumo à tomada de consciência maior, sobrepõem-se anseios e desejos, de uns sobre os outros, sob o pretexto da salvação, da redenção...

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